segunda-feira, 23 de março de 2015



Ele é rico em calorias e pobre em nutrientes. Agora, a luta contra seus males é global. Por isso, a Organização Mundial de Saúde quer limitar o açúcar escondido nos alimentos processados, cortando a recomendação de consumo pela metade.

Para reajustar os parâmetros alimentares diante da ameaça global dos perigos à saúde causados pelo sobrepeso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) anuncia a intenção de mudar a atual recomendação do consumo diário de açúcar, que vigora desde 2002.
A proposta é que as pessoas cortem pela metade o hábito de adoçar os alimentos.
Isso significa reduzir o açúcar para menos que 5% da ingestão energética total – algo como 25 gramas (cerca de seis colheres de café).
Até então, a OMS situava o índice em 10%.
A proposta foi formulada após análises de estudos científicos publicados recentemente sobre o consumo de açúcares e seus efeitos na saúde de adultos e crianças.
No Brasil, o índice de crianças e adolescentes obesos aumentou 240% no Brasil nos últimos 20 anos.
Os limites sugeridos se aplicam a todos os monossacarídeos (como glicose e frutose) e dissacarídeos (como a sacarose ou o açúcar de mesa) adicionados aos alimentos, seja pelas indústrias ou pelo consumidor comum.
Além do açúcar de cana, entram no radar todos os açúcares naturalmente presentes no mel, xarope de milho, sucos de frutas e concentrados de frutas.
Não se trata apenas de eliminar cáries ou o acúmulo de gordura extra na cintura.
O açúcar consumido em excesso sobrecarrega a produção de insulina no pâncreas, responsável por controlar os níveis de glicose no sangue, o que pode levar ao diabetes tipo 2.
A meta é ambiciosa, mas adequada aos desafios que temos pela frente.
Após o anúncio, a OMS realizará consulta pública até 31 de março de 2015. Após os pareceres de profissionais de saúde de todo o mundo, a entidade deverá tornar oficial a redução.

Fonte: http://luciliadiniz.com/todos-contra-o-acucar/

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